quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

APOSTILA PORGUÊS 01

1.COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS





2.MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS, CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO.





3.SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO SIMPLES E COMPOSTOS





4TERMOS DA ORAÇÃO





5. CORCORDÂNCIA NOMINAL





6.CONCORDÃNCIA VERBAL





7.REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL





8.COLOCAÇÃO DE PRONOME ÁTONOS





9.SEMÂNTICAS: SINONIMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA





10.DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO































1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS







A palavra interpretar vem do latim interpretare e significa explicar, comentar ou aclarar o sentido dos signos ou símbolos.

Tal vocábulo corresponde ao grego análysis, que tem o sentido de decompor um todo em suas partes, sem decompor o todo, para compreendê-lo melhor.



Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a idéia principal, quais os argumentos que comprovam a idéia, como o texto está escrito e outras nuanças. Em suma, procurar interpretar corretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.



Saber ler corretamente



Ler adequadamente é mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinações linearmente ordenadas em sentenças. O interessado deve aprender a “enxergar” todo o contexto denotativo e conotativo. É preciso compreender o assunto principal, suas causas e conseqüências, críticas, argumentações,polissemias, ambigüidades, ironias, etc.

Ler adequadamente é sempre resultado da consideração de dois tipos de fatores: os propriamente lingüísticos e os contextuais ou situacionais, que podem ser de natureza bastante variada. Bom leitor, portanto, é aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores.

Erros de Leitura



Extrapolar



Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe idéias que não estão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido. Freqüentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e não naquele que está sendo analisado.



Reduzir

Trata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte ou aspecto do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relação que podem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em consideração o conjunto das idéias.









Contradizer

É o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto. Associamos idéias que, embora no texto, não se relacionam entre si.

Defeitos do Texto



Barbarismo

Consiste em grafar ou pronunciar

uma palavra em desacordo com a

norma culta. Eles acontecem:

1.na grafia: analizar por analisar;

2.na pronúncia: rúbrica por rubrica;

3.na morfologia: deteu por deteve;

4.na semântica: o iminente jurista por o eminente jurista

5.os estrangeirismos: quando usados desnecessariamente.





Solecismo

Qualquer erro de construção sintática.

1. de concordância: Fazem anos que não o vejo;

2. de regência: Esqueceram de mim;

3. de colocação pronominal: Não amo-te.



Arcaísmo

Emprego de palavras ou construções antigas, que já caíram em desuso.

Antanho por no passado.



Preciosismo

Exagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e clareza da frase.

Isso é colóquio flácido para acalentar bovino.



Cacofonia

Qualquer seqüência silábica que provoque som desagradável.

Vou-me já!

Polícia Federal confisca gado no Paraná.



Ambigüidade ou Anfibologia

Duplo sentido decorrente de construção defeituosa da frase.

O cachorro do meu vizinho morreu.



Redundância, Pleonasmo Vicioso ou Tautologia

Repetição desnecessária de informação.

Ele detém o monopólio exclusivo dos refrigerantes.

Todos foram unânimes.



Interpretando o conteúdo do texto



Idéias explícitas e implícitas

Alguns textos apresentam suas idéias de forma direta e objetiva, permitindo interpretação rápida por parte do leitor. Outros expõem suas idéias de forma indireta e subjetiva, exigindo maior atenção do receptor.



Texto com idéia explícita

Os textos apresentam suas idéias de forma direta e objetiva, permitindo interpretação rápida por parte do leitor.

Exemplo

A questão exige do candidato a capacidade de reescrever o texto, observando a manutenção ou não do sentido original.

“Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato.”; a(s) forma(s) INADEQUADA(S) de reescrever-se esse mesmo período, mantendo-se o sentido original, é(são):

I -A Monteiro Lobato foi dada razão pelos fatos, desta vez;

II- A Monteiro Lobato deram razão, desta vez, os fatos;

I - A Monteiro Lobato, foi-lhe dada razão pelos fatos, desta vez.





(A) nenhuma;

(B) III

(C) I-III

(D) II

(E) II-III



Gabarito: A



Texto com idéia implícita

No texto implícito, as idéias são expostas de forma indireta e subjetiva, exigindo maior atenção do receptor.

Exemplo

“No íntimo, estamos inclinados à simplicidade da manjedoura. O mal-estar decorre do fato de nos sentirmos mais próximos dos salões de Herodes” Essas frases significam que:



a)a manjedoura simboliza a simplicidade do Menino-Deus;

b)somos atraídos pelas festas dos “salões de Herodes”;

c) a simplicidade da manjedoura vale mais que o luxo dos “salões de Herodes”;

d)no Natal acabamos por contrariar nossos sentimentos mais profundos;

e)entre a simplicidade e o luxo, a nossa tendência é escolher o luxo.



Gabarito:D



2. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO.



A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.



Exemplo: gatinho – gat + inho



Infelizmente – in + feliz + mente





ELEMENTOS MÓRFICOS



Os elementos mórficos são:



Radical;



Vogal temática;



Tema;



Desinência;



Afixo;



Vogais e consoantes de ligação.







RADICAL



O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos.

Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.





VOGAL TEMÁTICA



Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo pertence.

Exemplo: cantar, vender, partir.





OBSERVAÇÃO:



Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.

Exemplo: parto (radical + desinência)





TEMA

É o radical com a presença da vogal temática.

Exemplo: choro, canta.





DESINÊNCIAS



São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em:



DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência própria.



Exemplo: gat o

Radical desinência nominal de gênero

Gat o s



Radical d.n.g d.n.n





d.n.g » desinência nominal de gênero



d.n.n » desinência nominal de número

DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.



Exemplo: cant á va mos



Radical v.t d.m.t d.n.p



v.t » vogal temática



d.m.t » desinência modo-temporal



d.n.p » desinência número-pessoal





AFIXOS



São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser:



PREFIXOS – quando colocado antes do radical;



SUFIXOS – quando colocado depois do radical



Exemplo:



Pedrada.



Inviável.



Infelizmente



VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO



São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.

Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura.





PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS



Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas:



PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras.

Exemplo: pedra, casa, paz, etc.

PALAVRASDERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes.

Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro).







PALAVRASSIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical.

Exemplo: cidade, casa, pedra.





PALAVRASCOMPOSTAS - são palavras que apresentam dois ou mais radicais.

Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.





Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.



DERIVAÇÃO

É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:

Prefixal;



Sufixal;



Parassintética;



Regressiva;



Imprópria.





PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical.

Exemplo: desfazer, inútil.



Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados:





PREFIXO LATINO PREFIXO GREGO SIGNIFICADO EXEMPLOS

PREF. LATINO PREF. GREGO

Ab-, abs- Apo- Afastamento Abs ter Apo geu

Ambi- Anfi- Duplicidade Ambí guo Anfí bio

Bi- di- Dois Bí pede Dí grafo

Ex- Ex- Para fora Ex ternar Êx odo

Supra Epi- Acima de Supra citar Epi táfio

SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical.

Exemplo: carrinho, livraria.



Vejamos alguns sufixos latinos e alguns gregos:





SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO

-ada Paulada -ia Geologia

-eria Selvageria -ismo Catolicismo

-ável Amável -ose Micose



PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical.

Exemplo: anoitecer, pernoitar.





OBSERVAÇÃO :



Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.



REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos.

Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar)

O debate foi longo. (do verbo debater)





IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere.

Exemplo: O jantar estava ótimo





COMPOSIÇÃO

É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas:



JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição.

Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)



AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.

Exemplo: planalto (plano + alto)





Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopéia.





ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO

É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:

Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta).





HIBRIDISMO

É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.

Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego).





ONOMATOPÉIA

Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza.

Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.



1. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo



processo:



a) ajoelhar / antebraço / assinatura



b) atraso / embarque / pesca



c) o jota / o sim / o tropeço



d) entrega / estupidez / sobreviver



e) antepor / exportação / sanguessuga



2. (BB) A palavra "aguardente" formou-se por:



a) hibridismo d) parassíntese



b) aglutinação e) derivação regressiva



c) justaposição



3. (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?



a) desagradável - complemente



b) vaga-lume - pé-de-cabra



c) encruzilhada - estremeceu



d) supersticiosa - valiosas



e) desatarraxou - estremeceu



4. (UE-PR) "Sarampo" é:



a) forma primitiva



b) formado por derivação parassintética



c) formado por derivação regressiva



d) formado por derivação imprópria



e) formado por onomatopéia



5. (EPCAR) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada:



( ) aguardente 1) justaposição



( ) casamento 2) aglutinação



( ) portuário 3) parassíntese



( ) pontapé 4) derivação sufixal



( ) os contras 5) derivação imprópria



( ) submarino 6) derivação prefixal



( ) hipótese



a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6



b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6



c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6



6. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape:



a) zunzum d) tlim-tlim



b) reco-reco e) vivido



c) toque-toque



7. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria?



1.Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação.

2.Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto ... Bobagens, bobagens!

3. Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!

4.Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.

5.Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.



8. (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese:



a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer



b) solução, passional, corrupção, visionário



c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente



d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide



e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo



9. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por:



a) derivação d) composição



b) onomatopéia e) prefixação



c) hibridismo



10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação:



a) readquirir, predestinado, propor d) irrestrito, antípoda, prever



b) irregular, amoral, demover e) dever, deter, antever



c) remeter, conter, antegozar



11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é formada por derivação:



a) prefixal d) parassintética



b) sufixal e) imprópria



c) regressiva



12. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:



a) noite, anoitecer, noitada d) festa, festeiro, festejar



b) luz, luzeiro, alumiar e) riqueza, ricaço, enriquecer



c) incrível, crente, crer



13. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética?



a) Lá vem ele, vitorioso do combate.



b) Ora, vá plantar batatas!



c) Começou o ataque.



d) Assustado, continuou a se distanciar do animal.



e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.



14. (UF-MG) Em todas as frases, o termo grifado exemplifica corretamente o processo de formação de palavras indicado, exceto em:



a) derivação parassintética - Onde se viu perversidade semelhante?



b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem percorri.



c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã, sem falta.



d) derivação sufixal - As moças me achavam maçador, evidentemente.



e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo pelo jantar.



15. (UF-MG) Em "O girassol da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua", há, respectivamente:



a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição



b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação



c) dois elementos formados por justaposição



d) dois elementos formados por aglutinação



e) n.d.a



16. (UF-SC) Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição, aglutinação e parassíntese:



a) varapau - girassol - enfaixar



b) pontapé - anoitecer - ajoelhar



c) maldizer - petróleo - embora



d) vaivém - pontiagudo - enfurece



e) penugem - plenilúdio - despedaça



17. (UF SÃO CARLOS) Considerando-se os vocábulos seguintes, assinalar a alternativa que indica os pares de derivação regressiva, derivação imprópria e derivação sufixal, precisamente nesta ordem:



1.embarque

2. histórico

3.cruzes!

4. porquê

5. fala

6. sombrio



a) 2-5, 1-4, 3-6 d) 2-3, 5-6, 1-4



b) 1-4, 2-5, 3-6 e) 3-6, 2-5, 1-4



c) 1-5, 3-4, 2-6



18. (VUNESP) Em "... gordos irlandeses de rosto vermelho..." e "... deixa entrever o princípio de uma tatuagem.", os termos grifados são formados, respectivamente, a partir de processos de:



a) derivação prefixal e derivação sufixal



b) composição por aglutinação e derivação prefixal



c) derivação sufixal e composição por justaposição



d) derivação sufixal e derivação prefixal



e) derivação parassintética e derivação sufixal



19. (FURG-RS) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de composição é:



a) passatempo - destemido - subnutrido



b) pernilongo - pontiagudo - embora



c) leiteiro - histórico - desgraçado



d) cabisbaixo - pernalta - vaivém



e) planalto - aguardente - passatempo



20. (UNISINOS) O item em que a palavra não está corretamente classificada quanto ao seu processo de formação é:



a) ataque - derivação regressiva



b) fornalha - derivação por sufixação



c) acorrentar - derivação parassintética



d) antebraço - derivação prefixal



e) casebre - derivação imprópria



21. (FUVEST) Nas palavras: atenuado, televisão, percurso temos, respectivamente, os seguintes processos de formação das palavras:



a) parassíntese, hibridismo, prefixação



b) aglutinação, justaposição, sufixação



c) sufixação, aglutinação, justaposição



d) justaposição, prefixação, parassíntese



e) hibridismo, parassíntese, hibridismo









22. (UF-UBERLÂNDIA) Em qual dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética:



a) operaçãozinha d) assustadora



b) conversinha e) obrigadinho



c) principalmente



23. (OBJETIVO) "O embarque dos passageiros será feito no aterro". Os dois termos sublinhados representam, respectivamente, casos de:



a) palavra primitiva e palavra primitiva



b) conversão e formação regressiva



c) formação regressiva e conversão



d) derivação prefixal e palavra primitiva



e) formação regressiva e formação regressiva



24. (UFF-RIO) O vocábulo catedral, do ponto de vista de sua formação é:



a) primitivo d) parassintético



b) composto por aglutinação e) derivado regressivo de catedrático



c) derivação sufixal



24. (PUC) Assinale a classificação errada do processo de formação indicado:



a) o porquê - conversão ou derivação imprópria



b) desleal - derivação prefixal



c) impedimento - derivação parassintética



d) anoitecer - derivação parassintética



e) borboleta - primitivo



25. (UF-PR) A formação do vocábulo sublinhado na expressão "o canto das sereias" é:



a) composição por justaposição d) derivação sufixal



b) derivação regressiva e) palavra primitiva



c) derivação prefixal



26. (ES-UBERLÂNDIA) Todos os verbos seguintes são formados por parassíntese (derivação parassintética), exceto:



a) endireitar d) desvalorizar



b) atormentar e) soterrar



c) enlouquecer



27. (FUVEST) Assinalar a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio e, a segunda, sufixo formador de substantivo:



a) perfeitamente varrendo d) atrevimento ignorância



b) provavelmente erro e) proveniente furtado



c) lentamente explicação



28. (FUVEST) As palavras adivinhar - adivinho e adivinhação - têm a mesma raiz, por isso são cognatas. Assinalar a alternativa em que não ocorrem três cognatos:



a) alguém - algo - algum



b) ler, leitura - lição



c) ensinar - ensino, ensinamento



d) candura - cândido - incandescência



e) viver - vida - vidente





29. (FCMSC-SP) As palavras expatriar, amoral, aguardente, são formadas por:



a) derivação parassintética, prefixal, composição por aglutinação



b) derivação sufixal, prefixal, composição por aglutinação



c) derivação prefixal, prefixal, composição por justaposição



d) derivação parassintética, sufixal, composição por aglutinação



e) derivação prefixal, prefixal, composição por justaposição



30. (MACK) As palavras entardecer, desprestígio e oneroso, são formadas, respectivamente, por:



a) prefixação, sufixação e parassíntese



b) sufixação, prefixação e parassíntese



c) parassíntese, sufixação e prefixação



d) sufixação, parassíntese e prefixação



e) parassíntese, prefixação e sufixação



31. (FUVEST) Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras:



a) vendavais, naufrágios, polêmicas



b) descompõem, desempregados, desejava



c) estendendo, escritório, espírito



d) quietação, sabonete, nadador



e) religião, irmão, solidão



32. (TRE-ES) Quem possui inveja é:



a) invejozo d) invejoso



b) invejeiro e) invejador



c) invejado



33. (ETF-SP) Assinalar a alternativa que indique corretamente o processo de formação das palavras sem-terra, sertanista e desconhecido:



1.composição por justaposição, derivação por sufixação, derivação por prefixação e sufixação

2.composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por parassíntese

3.composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por sufixação

4.composição por justaposição, derivação por sufixação e composição por aglutinação

5. composição por aglutinação, derivação por sufixação e derivação por prefixação



34. (FUVEST) Assinalar a alternativa que registra a palavra que tem o sufixo formador de advérbio:



a) desesperança d) extremamente



b) pessimismo e) sociedade



c) empobrecimento



35. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processo de formação de palavras, respectivamente, em:



a) parassíntese - prefixação



b) parassíntese - parassíntese



c) prefixação - parassíntese



d) sufixação - prefixação e sufixação



e) prefixação e sufixação - prefixação



36. (PUC) Considerando o processo de formação de palavras, relacione a coluna da direita com a da esquerda:



( 1 ) derivação imprópria ( ) desenredo



( 2 ) prefixação ( ) narrador



( 3 ) prefixação e sufixação ( ) infinitamente



( 4 ) sufixação ( ) o voar



( 5 ) composição por justaposição ( ) pão de mel



a) 3, 4, 2, 5, 1 d) 2, 4, 3, 5, 1



b) 2, 4, 3, 1, 5 e) 4, 1, 5, 2, 3



c) 4, 1, 5, 3, 2



37. (ETF-SP) Assinalar a alternativa em que as duas palavras são formadas por parassíntese:



a) indisciplinado - desperdiçar



b) incineração - indescritível



c) despedaçar - compostagem



d) endeusado - envergonhar



e) descamisado - desonestidade



38. (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à formação das seguintes palavras: girassol; destampado; vinagre; irreal.



a) sufixação; parassíntese; aglutinação; prefixação



b) justaposição; prefixação e sufixação; aglutinação; prefixação



c) justaposição; prefixação e sufixação; sufixação; parassíntese



d) sufixação; parassíntese; derivação regressiva; sufixação



e) aglutinação; prefixação; aglutinação; justaposição



39. (CESGRANRIO) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas, respectivamente, pelos processos de:



a) sufixação - prefixação - parassíntese



b) sufixação - derivação regressiva - prefixação



c) composição por aglutinação - prefixação - sufixação



d) parassíntese - derivação regressiva - prefixação



e) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese



40. (PUC-RJ) A palavra engrossar apresenta o mesmo processo de formação de:



a) embalançar d) encobrir



b) abstrair e) perfurar



c) encaixotar





Gabarito





1 - B 11 - C 21 - A 31 - D



2 - B 12 - B 22 - D 32 - D



3 - B 13 - E 23 - E 33 - A



4 - C 14 - A 24 - C 34 - D



5 - E 15 - C 25 - B 35 - A



6 - E 16 - D 26 - D 36 - B



7 - D 17 - C 27 - C 37 - D



8 - A 18 - D 28 - C 38 - B



9 - D 19 - B 29 - A 39 - D



10 - E 20 - E 30 - E 40 - C





3. SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO SIMPLES E COMPOSTOS



PERIODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Conjunto de orações composto por mais de uma oração.

O período composto pode ser:



No período composto por coordenação, as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas.

As orações coordenadas de subdividem em:

Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.

Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar.

Sindéticas- São introduzidas por conjunção. Esse tipo de oração se subdivide em:

1- Aditiva: idéia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente) ...como também.

Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.

2- Adversativa: idéia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...

Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: idéia de alternativa, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.

Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

4- Conclusiva: idéia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo...

Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada.

5- Explicativa: idéia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.

Ex.:O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.

PERIODO COMPOSTO SUBORDINADOS

No período subordinado, existem pelo menos uma oração principal e uma subordinada.A oração principal é sempre incompleta, ou seja, alguma função sintática está faltando.As orações subordinadas desempenham a função sintática que falta na principal: objeto direto, indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal...

Ex.: O rapaz gostava / de que todos olhassem para ele.

Oração principal: O rapaz gostava

Oração subordinada: de que todos olhassem para ele.

A oração principal está incompleta, falta objeto indireto para o verbo gostar, o oração subordinada desempenha a função de objeto indireto da principal.

As orações subordinadas se subdividem em:

Substantivas, Adjetivas e Adverbiais.



4.TERMO DA ORAÇÃO



Temos essenciais

Sujeito

É o termo da oração do qual se declara alguma coisa.

Exemplo: No céu, um sol claro anuncia o verão.

Características do Sujeito:

I. Pode ser identificado através da pergunta "quem é que"... (ou "que é que"...), feita antes do verbo da oração

Que(m) é que + verbo? __ Resposta=sujeito

II. É substituível por ele(s), ela(s)

III. O verbo concorda com o sujeito.

Classificação do sujeito:

I. Simples: tem um único núcleo.

Exemplo: O velho navio aproximava-se do cais.



II. Composto: tem dois ou mais núcleos

Exemplo: As ruas e as praças estão vazias.



III. Oculto, elíptico ou desinencial: o sujeito pode ser identificado pela desinência do verbo ou pelo contexto em que aparece.

Exemplo: Voltarás para casa (sujeito: tu)



IV. Indeterminado: Quando não é possível determinar o sujeito. Com verbos na 3ª pessoa do plural sem referência a elemento anterior.

Exemplo: Atualmente, espalham muitos boatos.

Com verbo na 3ª pessoa do singular + se (em orações que não admitem a voz passiva analítica)

Exemplo: Precisou-se de novos professores.

Orações sem sujeito:

I. Verbo haver significando existir, acontecer e indicando tempo passado.

Exemplos:

Aqui já houve grandes festas.

Amanhã faz dez anos que ele partiu.

II. Verbo ser indicando tempo, horas, datas e distâncias.

Exemplo: Agora são cinco e doze da tarde.

III. Verbos indicativos de fenômenos da natureza.

Exemplo: Ontem à tarde, ventou muito aqui.

Predicativo

É tudo que se diz do sujeito. (Retirando o sujeito, o que fica na oração é o Predicado.)

Predicado verbal:

Apresenta verbos sem ligação.

Apresenta predicativo (só do sujeito).

O núcleo é predicativo.

Exemplo: Eles estavam furiosos.

Predicado verbo-nominal:

Apresenta verbo significativo

Apresenta predicativo (do sujeito ou de objeto)

Dois núcleos: o verbo e o predicativo.

Exemplos:

Eles invadiram furiosos a loja.

Todos consideram ruim o filme.

Verbo significativo

Expressa uma ação, ou um acontecimento.

Exemplo:

"O sol nasce pra todos, todo dia de manhã..." (Humbeto Gessinger)

"Enquanto a vida vai e vem, você procura achar alguém.." (Renato Russo)

Temos relacionados ao verbo

I. Objeto direto:

a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.

b) Completa o sentido do verbo transitivo direto

c) Pode ser trocado por o, as, os, as.

d) A oração admite voz passiva.

Exemplo: Muitas pessoas viram o acidente

II. Objeto indireto:

a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.

b) Completa o sentido do verbo transitivo direto.

c) Apresenta-se sempre com preposição

d) A oração não admite voz passiva.

Exemplo: Todos discordam de você.

III. Agente da passiva:

a) Pratica a ação verbal na voz passiva.

b) Corresponde ao sujeito da voz ativa.

c) Iniciado por preposição: por, pelo ou de.

Exemplo: O deputado foi vaiado pelos sem terra.

IV. Adjunto adverbial:

a) Acrescenta ao verbo cirscunstâncias de tempo, lugar, modo, dúvida, causa, intensidade.

Termos Relacionados a nomes

I. Adjunto adnominal:

a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se refere.

b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, objeto, etc.)

Exemplo: As três árvores pequenas secaram.

II. Predicativo:

a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao sujeito ou ao objeto.

b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de ligação (claro ou subtendido)

Exemplo:

Toda a cidade estava silenciosa.

Elegeram José representante de turma.

III. Complemento nominal:

a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, advérbios) de sentido incompleto.

b) Sempre com repetição.

Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele.

IV. Aposto:

a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere.

Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.

V. Vocativo:

a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.

b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)

Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava.

Principais diferenças entre complemento nominal e adjunto adnominal

O complemento nominal é sempre iniciado por uma preposição e o adjunto adnominal às vezes inicia-se por preposição. Por esse motivo, se houver dúvida, você pode usar os seguintes critérios diferenciadores:

Adjunto adnominal Complemento nominal

I. Só se refere a substantivos (concretos e abstratos).

II. Quando o nome se refere, exprime uma ação; a adjunto adnominal é o agente dessa ação.

III. Pode em certas frases indicar posse. I. Pode se referir a substantivos abstratos,adjetivos e a advérbio.

II. Quando o nome a que se refere exprime uma ação, o complemento nominal é o paciente (alvo) dessa ação.

III. Nunca indica posse.





5. CONCORDÂNCIA NOMINAL



Consiste no estudo de relações entre adjetivo e substantivo, pronome e substantivo, artigo e substantivo, numeral e substantivo. É ,enfim, a relação entre nomes.

Condição Geral:



01. O nome impõe seu gênero e seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem.



a)Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas rainhas, este tronco, estas árvores.

b)Comprei alguns livros e já os li.



02. Um determinante se referindo a mais de um substantivo



2.1Quando o determinante vem depois dos substantivos: A concordância do adjetivo é com o substantivo mais próximo, sendo adjunto adnominal; a concordância será com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos, sendo o adjetivo predicativo.

a)Ele se perdeu em bosques e vales escuros.

b)Ele se perdeu em florestas e cavernas escuras

c)Ele se perdeu em florestas e vales escuros

d)Ele se perdeu em vales e florestas escuras

e)Comprei um livro e uma revista importados

f)Comprei um livro e uma revista importada

2.2Quando o determinante vem antes dos nomes: a concordância será com o substantivo mais próximo. Todavia, se os substantivos forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas.



a)Sua mulher e filhos tinham viajado.

b)Você escolheu má hora e lugar para o nosso encontro

c)Você escolheu mau lugar e hora para o nosso encontro.

d)Os destemidos César e Napoleão...





1.Um determinante [ predicativo do sujeito ] : observe a concordância verbal e acompanhe com a concordância nominal.



a)O clima e a água eram ótimos.

b)Eram ótimos o clima e a água.

c)Era ótimo o clima e a água.

d)Era ótima a água e o clima.



2.Um determinante [ predicativo do objeto ]: a concordância será com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos. Porém, se o contexto não permite a concordância com todos os núcleos, claro que a concordância será apenas com o mais próximo ( exemplo “c” ).

a)Considero o chapéu e o colete supérfluo(s)

b)Considero a gravata e a blusa supérflua(s)

c)Comi uva e carne frita

d)Considero supérflua(os) a gravata e o terno.

05. Um substantivo para mais de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no singular, é necessário o emprego de artigo ou de qualquer adjunto adnominal antes do segundo adjetivo, pois será o ícone a deixar implícito o substantivo antes empregado no singular.



a)Ele conhece bem as línguas grega e latina

b)Ele conhece bem a língua grega e a latina



06. Embora o predicativo deva concordar com o sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo o gênero masculino. Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero neutro em latim. Isso ocorre quando a palavra feminina aparece sem nenhuma determinação, tomando um sentido vago, abstrato. Assim:



a)Pinga não é bom para a saúde.

b)É proibido entrada.

c)Cerveja é permitido.

d)É necessário coragem.



Tão logo esses substantivos recebam uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero do substantivo.



a)A cerveja é boa

b)Esta pinga não é boa para a saúde.

c)É ardida a pimenta.



07. O particípio concorda com seu substantivo



a)Estabelecidas essas premissas, vamos à conclusão.

b)Postos estes fundamentos, pode-se afirmar que...



Todavia, se o particípio integrar uma locução vergal, apenas se flexiona o particípio na voz passiva analítica.



a)Ele tem participado

b)Eles têm participado

c)Têm-se entregue os materiais

d)Estão sendo elaborados os dados



08. ANEXO / INCLUSO / APENSO / JUNTO



Concordam com quem se relacionam. Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia.



a)As estatísticas vão anexas ao relatório.

b)Os gráficos inclusos esclarecem a tese.

c)O formulário e a carta estão apensos.

d)À ficha está anexo o ofício.

e)As fichas seguem em anexo



09. MEIO

Pode ser substantivo, adjetivo, numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio.

a)O que ela disse é apenas meia verdade.

b)Ela ficou meio tonta.

c)Ao meio-dia e meia, saímos.

d)Ao meio-dia e meio defronte à farmácia, ficamos.

e)Meias palavras bastam

f)Bebi meia chávena de café.



10. MENOS / PSEUDO / A OLHOS VISTOS são sempre invariáveis

a)Há menos pessoas aqui.

b)Ela é uma pseudo-advogada

c)A crianças continuam a olhos vistos



11. TAL ... QUAL: “tal” concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele; “qual” concorda com o substantivo posposto imediatamente a ele.

a)Tal pai, qual filho

b)Tal pai, quais filhos



12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o emissor.

a)“Obrigada!” – disse Eliane aos coordenadores.

b) - Nós estamos gratos.

c)“Obrigados!” – falaram os convidados.

d)Agradecidos estão Lourdes e Marcos.



13. SÓ / SÓS / A SÓS



a)Só estamos nós. ( invariável, pois o termo grifado é advérbio )

b)Sós, estamos nós. ( o termo grifado é predicativo do sujeito, concordando com o sujeito )

c)Elas estão sós. ( trata-se de um adjetivo, concordando com seu sujeito )

d)Elas estão a sós.( a locução “a sós” não se flexiona )

e)Só estudamos Contabilidade. ( trata-se de um advérbio de limitação, não se declinando )

f)Sós, estudamos Contabilidade. ( flexiona-se, pois é adjetivo/predicativo do sujeito )







14. MAL / MAU :



MAL: Advérbio ( invariável ) * O advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou com outro advérbio )

Conjunção subordinada adverbial temporal ( invariável )

Substantivo ( variável ) * O mal / os males

MAU : Adjetivo ( variável: mau/má/maus/más )



a)Mal chegamos, pediram satisfações. [ conjunção subordinada adverbial temporal ]

b)Conduzimos mal os trabalhos. [ advérbio ]

c)Ele é mau. [ adjetivo ]

d)Ela é má. [ adjetivo ]

e)Más pessoas assaltaram aquele homem idoso. [ adjetivo ]

f)O mal destrói o homem; o bem edifica-o [ substantivo ]



15. QUITE / ALERTA



* QUITE varia em número , apenas. * ALERTA só varia quando for substantivo



a)Ela está quite, mas nós não estamos quites.

b)Ela está alerta.

c)Elas estão alerta.

d)Alerta e preocupadas continuam as garotas.

e)Os americanos estão alerta aos alertas.



16. CARO / BARATO

Quando advérbios, invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se.

b)As laranjas custaram caro. [ V / F ] * Verdadeiro

c)As cebolas foram caras. [ V / F ] * Verdadeiro

d)Aquelas caras mangas custaram barato, naquela outra loja. [ V / F ] * Verdadeiro

e)Champanhe é caro, amigo.[ V / F ] * Verdadeiro

O PRONOME RELATIVO “CUJO” : Flexiona-se em gênero e número.

f)O livro cuja as páginas me referi está sobre a mesa. [ V / F ] * Falso. Correção: O livro a cujas páginas me referi está sobre a mesa.

g)A revista cujo textos li ontem sumiu. [ V / F ] * Falso. Correção: A revista cujos textos li ontem sumiu.

h)A menina de cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou. [ V / F ] * Falso. Correção: A menina a cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou.



Não use artigo após o pronome relativo “cujo”.

O pronome relativo “cujo” concorda nominalmente com o substantivo que o segue.

Caso a oração que apresente o pronome “cujo” peça preposição, use-a antes do pronome relativo.





6. CONCORDÂNCIA VERBAL



A concordância verbal é marcada pela relação, em geral, entre o verbo e o sujeito. É o verbo que se desloca, mantendo relação com o sujeito. Temos três tipos de concordância verbal: a concordância lógica ( contato físico, corpóreo, material, empírico, morfológico com todos os núcleos do sujeito), a concordância atrativa ( concordância com o termo mais próximo) e a concordância lógica ( concordância com a idéia que o termo expressa). Das três concordância, a concordância lógica é a concordância precedente. Mas o verbo também mantém contato com termos que não exercem a função de sujeito. Iniciemos os estudos de concordância.



1.REGRA GERAL: Verbo concorda com o sujeito

1.1Sujeito composto anteposto ao verbo = Verbo no plural, relacionando-se com todos os núcleos. * Se os núcleos forem sinônimos, podemos usar a concordância com o núcleo mais próximo ( concordância atrativa ).



1.2 Sujeito composto posposto ao verbo = verbo concorda com todos os núcleos ou concorda com o mais próximo. Neste último caso, não precisam ser sinônimos os núcleos.



Obs.: Se os núcleos forem antônimos, o verbo será usado sempre no plural.



Ex.;

a)Honestidade e sabedoria fortalecem todos nós.

b)Escárnio e sarcasmo estão/está em seu semblante.

c) Amor e ódio estão em suas ações.

d)Existe(m) bondade e sabedoria em seus gestos.

e)Existem alegria e tristeza em seus gestos.



2.Sujeito + adjunto adverbial de companhia = verbo concorda apenas com o sujeito ou verbo concorda com os dois termos sintáticos. Se o adjunto adverbial estiver virgulado, verbo concorda apenas com o sujeito.

Exs.:

a)Sandra com seu pai foi/foram à praia.

b)Sandra, com seu pai, foi à praia.

c)Os rapazes, com o pai de Laura, viajaram.



3.Sujeito formado por coletivo + determinante = verbo concorda com o coletivo, indo para o singular ou verbo concorda com o determinante. Porém, se o primeiro elemento não for coletivo, verbo não concorda com o determinante.

Exs.:



a)A maioria dos presentes não gostou/ gostaram do evento.

b)Boa parte dos brasileiros ignora(m) os fatos.

c)Uma chuva de torcedores acredita na seleção

d) * O povo foi às ruas. Pediu/Pediram mudanças.

e)Têm-se/Tem-se resolvido uma porção de questões.

4.Sujeito formado por número decimal ou fracionário seguidos de determinante = Verbo concorda com o número inteiro ou com o numerador. A concordância com o determinante também é correta.

Exs.:

a)1,2% do público pagou os impostos.

b)2,1% do público pagou/pagaram os impostos.

c)1/3 dos brasileiros compareceu(compareceram) às urnas.

d)1,2 milhão foi entregue aos cofres públicos.

e)1/3 do brasileiro exige mudanças.

5.Os verbos EXISTIR / CONSTAR / RESTAR/ BASTAR/ FALTAR/ OCORRER/ SURGIR pedem sujeito, concordando com o sujeito.

Exs.

a)Ocorreu / Ocorreram, depois que os fiscais entregaram as provas, surpresa e satisfação por parte dos candidatos.

b) Faltam dois meses, apenas.

c)Falta, amigos, as provas entregar.



6.Verbos que expressam fenômenos naturais, verbo haver no sentido de existir e verbo fazer indicando tempo = São empregados na 3a pessoa do singular.

Exs.:

a)Faz dois meses, apenas.

b)Choveu muito, ontem.

c)* Choveram discórdias durante a sessão.

d)Haveria dificuldades, se...



7.V.T.I + SE / V.I + SE / V. de Lig. + SE = O “SE” é índice de indeterminação do sujeito, sendo usado na 3a pessoa do singular, apenas.

V.T.D + SE / V.T.D.I + SE = O “SE” é partícula apassivadora. A concordância verbal será com o sujeito.

Exs.:

a)Têm-se anunciado conclusões inéditas.

b)Aspira-se a títulos acadêmicos.

c)Reconheceu-se/ Reconheceram-se, de fato, o erro e a ignorância do réu.

d)É-se calmo.

e)Dorme-se pouco, naquela casa.

f)Os erros, aos quais há de se chamar de incipientes atitudes, foram compreendidos por todos da sala.



8.QUE X QUEM = Quando pronomes relativos.

Exs.:

a)Foram eles quem determinou/determinaram as regras do jogo.

b)Foram eles que determinaram as regras do jogo.



* No primeiro exemplo acima, sendo “quem” pronome relativo, temos a oração grifada subordinada adjetiva em relação à oração principal “Foram eles”. Ora, qual a função do pronome relativo “quem”? Substituir o pronome pessoal do caso reto “eles”, que exerce a função de sujeito do verbo “Foram” ( verbo SER ). Mas quem é o sujeito da oração subordinada adjetiva? O pronome relativo “quem”. Portanto, ou você, caro leitor, utiliza a concordância lógica, fazendo com que o verbo da oração subordinada adjetiva concorde com o próprio pronome relativo, ficando na 3a pessoa do singular, ou você emprega a concordância ideológica, ou seja, apresenta a concordância do verbo DETERMINAR com a idéia que o pronome relativo traz, utilizando o verbo na 3a pessoa do plural. Ambas estruturas ou flexões verbais corretas, enfim. Já com o emprego do pronome relativo “que”, só podemos usar a concordância ideológica.



9.Sujeito constituído por elementos gradativos = verbo no singular ou no plural. Todavia, se houver quebra da gradação, verbo no plural.

Exs.:

a)Um mês, um ano, uma década marca/marcam nossa história.

b)Um dia, uma semana, um ano, um mês documentam nossos interesses.



10.Sujeito formado por pronomes pessoais distintos: a concordância será respeitando a precedência dos pronomes pessoais. Temos apenas três pronomes pessoais do caso reto: EU/ TU/ ELE. O plural do pronome “eu” é “nós”, o plural do pronome “tu” é “vós” e o plural do pronome “ele” é “eles”. No exemplo “Tu, eu e ela iremos ao clube”, o sujeito está constituído por três pronomes pessoais. Sendo “eu” o pronome de primeira pessoa do singular, terá precedência, proporcionando a flexão do verbo na 1a pessoa do plural . Todavia, no último exemplo abaixo, a flexão do verbo na 2a pessoa do plural também é correta, gramaticalmente, embora seja norma popular ou coloquial culta. Geralmente em concursos públicos, o enunciado da questão exige apenas o uso da norma culta.



Exs.;

a)Tu, eu e ela iremos ao clube.

b)Irá/Iremos ela e eu ao clube.

c)Ele e tu ireis/irão ao clube.

11.“Mais de um(a)” integrando o sujeito = faça a concordância com o núcleo do sujeito.

a)Mais de uma menina morreu.

b)Mais de um menino, mais de uma garota morreram.

c)Fugiu/Fugiram mais de um preso, mais de um suspeito.

d)Mais de um grupo de crianças correu/correram.

e)Mais de um jogador abraçaram-se / abraçou-se com a taça.

12.“Um dos que/Uma das que” = verbo no singular ou no plural.



a)Ela foi uma das que gritou/gritaram.

b)Virgínia é uma das que acredita/acreditam no projeto.



13.Verbo “SER” :



13.1Ao indicar tempo/hora, a flexão do verbo SER será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Mas se usarem os termos “cerca de”, “perto de”, “próximo de”, a flexão no singular – relacionando o verbo com essas expressões – também é prudente gramaticalmente.

13.2Ao empregar o verbo SER indicando data, a concordância será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo que comunica a data da semana, ou seja, com a palavra “dia” que geralmente fica implícita. Ou você a considera implícita antes do n umeral, ou você a considera implícita após o numeral. Todavia, para o primeiro dia do mês não use numeral cardinal; use apenas ordinal.

13.3Quando o verbo SER estiver relacionado a substantivo e a pronome pessoal do caso reto, a precedência será com o pronome relativo, impedindo a concordância com o substantivo.



a)É uma hora.

b)São seis horas.

c)Devem ser três horas.

d)É /São cerca de quatro horas.

e)Hoje é 29 de julho de 2002. / Hoje são 29 de julho de 2002.

f)Alegria somos nós.

g)Eu não sou ele.

h)Ele não sou eu.

i)Ele é ele.

j)Os brasileiros somos nós.

k)Tudo é / são flores. [ ambas flexões verbais corretas ]

14.Sujeito constituído por termos pluralícios : Os termos grifados nos exemplos abaixo são pluralícios, ou seja, usados apenas no plural. É comum encontrar registros dizendo que o verbo concorda com o artigo. Tal argumento está incorreto. Artigo se relaciona com substantivo, estabelecendo concordância nominal. No primeiro exemplo abaixo, o sujeito do verbo “participaram” é “Os Estados Unidos”, sendo “Estados Unidos” o núcleo. Ora, nada mais coerente que o verbo ir para o plural, concordando com o núcleo do sujeito. Já no segundo exemplo, há um termo implícito: “país”. Portanto, o verbo “participou”está concordando com o núcleo do sujeito que é a palavra implícita “país”. Quanto ao artigo explícito, trata-se do adjunto adnominal do sujeito, cujo núcleo já verificamos que está implícito. E quanto ao termo pluralício “Estados Unidos”? Este é o aposto. Temos em uso do aposto especificativo ( substantivo comum seguido de substantivo próprio ). É o único aposto que não recebe pontuação. Na terceira exemplificação abaixo, o sujeito está completamente implícito, ficando apenas explícito o aposto especificativo “Estados Unidos” . E quando o sujeito for constituído por um termo pluralício que constitui o nome de uma obra artístico-literária? No quanto exemplo, empregue o verbo na terceira pessoa do plural, tendo “Os Sertões” como sendo sujeito, ou use o verbo PARTICIPAR na terceira pessoa do singular, tendo o termo “Os Sertões” como sendo aposto. Neste último caso, o sujeito está completamente implícito ( a obra, o texto, o livro ).

a)Os Estados Unidos participaram.

b)O Estados Unidos participou.

c)Estados Unidos participou.

d)Os Sertões refletem/reflete valores do nordeste.

e)Os Alpes proporcionam riquezas.

f)Minas Gerais é rica.



15.“Cada um(uma)” = Verbo no singular, quando não repetido; verbo no plural, quando repetido. É que o termo “Cada um(a)” expressa a individualização de ações. Quando o termo estiver repetido, leva-se em consideração a soma de individualizações de ações.



a)Cada um dos curiosos permaneceu na rua.

b)Cada um dos diretores, cada um dos professores pediram ajuda aos discentes.



16.Sujeito formado por pronome indefinido + determinante = Se o pronome indefinido estiver no singular, verbo no singular, concordando com o pronome indefinido. Porém, se o pronome indefinido estiver no plural, o verbo concorda com o pronome indefinido, ou o verbo concorda com o determinante.

a)Alguns de nós escolherão/escolheremos os anúncios que...

b)Algum de nós escolherá os anúncios que...



17.HAJA VISTA



a)Haja vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]

b)Hajam vista os crimes cometidos, é necessário... [ V ]

c)Haja vista aos crimes cometidos, é necessário... [ V ]

d)Hajam vista aos crimes cometidos, é necessário... [ F ]

e)Haja visto os crimes cometidos, é necessário... [ F ]



Após “haja vista” a preposição “a” é optativa.

Usando a preposição, “haja vista” não varia.

Não empregando a preposição, ou se flexiona o primeiro elemento, ou permanece invariável todo o termo em estudo ( haja vista )

“vista” nunca varia.





7. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

Regência

É a parte da Gramática Normativa que estuda a relação entre dois termos, verificando se um termo serve de complemento a outro. A palavra ou oração que governa ou rege as outras chama-se regente ou subordinante;

os termos ou oração que dela dependem são os regidos ou subordinados.

Ex.: Aspiro o perfume da flor. (cheirar)/ Aspiro a uma vida melhor. (desejar)



Regência verbal

1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.

Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.

2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.

Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.

3- Namorar – não se usa com preposição.

Ex.: Joana namora Antônio.

4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.

Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.

5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.

Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

Verbos que apresentam mais de uma regência

1 - Aspirar

a- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.

b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que aspirava.

2 - Assistir

a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.



b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.

Ex.: Não assistimos ao show.



c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.

Ex.: Assiste ao homem tal direito.



d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.

Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

3 - Esquecer/lembrar

a- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.

Ex.: Esqueci o nome dela.

b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.

Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

4 - Visar

a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.



b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.



c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.

Ex.: Viso a uma situação melhor.

5 - Querer

a) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.



b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.

Ex.: Quero muito aos meus amigos.

6 - Proceder

a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.

Ex.: Suas queixas não procedem.



b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.

Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.



c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.

Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.

7 - Pagar/ perdoar

a) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela pagou a conta do restaurante.



b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.: Perdoou a todos,

8 - Informar

a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:

1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido.

2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido.

9 - Implicar

a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.

Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.

b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição em.

Ex.: Implicou o negociante no crime.

c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.

Ex.: Implica com ela todo o tempo.

10- Custar

a) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o problema.



b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro custou-me todas as economias.



c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.

Ex.: Imóveis custam caro.



Regência Nominal



Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. Conheça alguns:

acessível a

acostumado a, com

adaptado a, para

afável com, para com

aflito com, em, para, por

agradável a

alheio a, de

alienado a, de

alusão a

amante de

análogo a

ansioso de, para, por

apto a, para

atento a, em

aversão a, para, por

ávido de, por

benéfico a

capaz de, para

certo de

compatível com

compreensível a

comum a, de

constante em

contemporâneo a, de

contrário a

curioso de, para, por

desatento a

descontente com

desejoso de

desfavorável a

devoto a, de

diferente de

difícil de

digno de

entendido em

equivalente a

erudito em

escasso de

essencial para

estranho a

fácil de

favorável a

fiel a

firme em

generoso com

grato a

hábil em

habituado a

horror a

hostil a

idêntico a

impossível de

impróprio para

imune a

incompatível com

inconseqüente com

indeciso em

independente de, em

indiferente a

indigno de

inerente a

insaciável de

leal a

lento em

liberal com

medo a, de

natural de

necessário a

negligente em

nocivo a

ojeriza a, por

paralelo a

parco em, de

passível de

perito em

permissivo a

perpendicular a

pertinaz em

possível de

possuído de

posterior a

preferível a

prejudicial a

prestes a

propenso a, para

propício a

próximo a, de

relacionado com

residente em

responsável por

rico de, em

seguro de, em

semelhante a

sensível a

sito em

suspeito



8. COLOCAÇÃO DE PRONOMES ÁTONOS

Os pronomes átonos são geralmente empregados depois do verbo (ÊNCLISE), muitas vezes antes(PRÓCLISE) e, mais raramente, no meio (MESÓCLISE).



ÊNCLISE

As formas verbais do infinitivo impessoal (precedido ou não da preposição "a"), do gerúndio e do imperativo afirmativo pedem a ênclise pronominal.

Exemplos:

Urge obedecer-se às leis.

Obrigou-me a dizer-lhe tudo.

Bete pediu licença, afastando-se do grupo.

Aqueles livros raros? Compra-os imediatamente!

Observação: Se o gerúndio vier precedido da preposição "em", deve-se empregar a próclise.

Exemplo: "Nesta terra, em se plantando, tudo da."

Não se inicia um período pelo pronome átono nem a oração principal precedida de pausa, assim como as orações coordenadas assindéticas, isto é, sem conjunções.

Exemplos:

Me contaram sua aventura em Salvador. (errado)

Contaram-me sua aventura em Salvador. (certo)

Permanecendo aqui, se corre o risco de ser assaltado. (errado)

Permanecendo aqui, corre-se o risco de ser assaltado. (certo)

Segui-o pela rua, o chamei, lhe pedi que parasse. (errado)

Segui-o pela rua, chamei-o, pedi-lhe que parasse. (certo)

Observação: A ênclise não pode ser empregada com verbos no futuro e no particípio passado.



PRÓCLISE

Deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos:

A) palavras ou expressões negativas;

Exemplos:

Não me deixe sozinho esta noite!

Nunca se recuse ajudar a quem precise.

Nem nos conte porque você fez isso.

Nenhum deles me prestou a informação correta.

Ninguém lhe deve nada.

De modo algum (Em hipótese alguma) nos esqueceremos disso.



B) pronomes relativos;

Exemplos:

O livro que me emprestaste é muito bom.

Este é o senhor de quem lhe contei a vida.

Esta é a casa da qual vos falei.

O ministro, cujo filho lhe causou tantos problemas, está aqui.

Aquela rua, onde me assaltaram, foi melhor iluminada.

Pagarei hoje tudo quanto lhe devo.



C) pronomes indefinidos;

Exemplos:

Alguém me disse que você vai viajar.

Quem lhe disse essas bobagens?

Dos vários candidatos entrevistados, alguns (diversos) nos

pareceram bastante inteligentes.

Entre os dez pares de sapato, qualquer um me serve para ir a

festa no sábado.

Quem quer que me traga uma flor, conquistará meu coração.



D) conjunções subordinativas;

Exemplos:

Deixarei você sair, quando me disser a verdade.

Posso ajudar-te na obra, se me levares contigo.

Faça todo esse trabalho, como lhe ensinei.

Entramos no palácio, porque nos deram permissão.

Fiquem em nossa casa, enquanto vos pareça agradável.

Continuo a gostar de ti, embora me magoasse muito.

Confiei neles, logo que os conheci.



E) advérbios;

Exemplos:

Talvez nos seja fácil fazer esta tarefa.

Ontem os vi no cinema.

Aqui me agrada estar todos os dias.

Agora vos contarei um conto de fadas.

Pouco a pouco te revelarei o mistério.

De vez em quando me pego falando sozinho.

De súbito nos assustamos com os tiros.



Observação: O pronome átono pode ser colocado antes ou depois do infinitivo impessoal, se antecedendo o infinitivo vier uma das palavras ou expressões mencionadas acima.

Exemplos:

"Tudo faço para não a perturbar naqueles dias difíceis";

ou "Tudo faço para não perturbá-la..."



MESÓCLISE

Emprega-se o pronome átono no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou no futuro simples do pretérito do indicativo.

Exemplos:

Chamar-te-ei, quando ele chegar.

Se houver tempo, contar-vos-emos nossa aventura.

Dar-te-ia essas informações, se soubesse.



Observação: Se antes dessas formas verbais houver uma palavra ou expressão que provocam a próclise, não se empregará, conseqüentemente, o pronome átono na posição mesoclítica.

Exemplos:

Nada lhe direi sobre este assunto.

Livrar-te-ei dessas tarefas, porque te daria muito trabalho.

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9.SEMÂNTICAS: SINONIMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA



Sinonímia é um processo muito utilizado por falantes de uma língua. Sabe quando não queremos repetir o mesmo termo ou palavra a todo momento? Uma das maneiras de sanarmos esse problema é com uso de sinônimos. Por exemplo, se digo: “Passe um dia na minha casa.” e quiser referir-me novamente ao termo sublinhado “casa”, posso lançar mão de um sinônimo para não o ter que repetir: “Passe um dia na minha casa e verá como meu lar é aconchegante.”

Para saber se o candidato domina mais esse subterfúgio da Língua Portuguesa, a banca pede a ele que substitua palavras ou termos retirados do texto e assinale em qual opção encontram-se aqueles que não alteram o sentido, ou os que alteram.

Para se resolver esse tipo de questão é importante que o candidato tenha um certo domínio lexical, ou seja, que conheça muitas palavras, o que é possível conseguir por meio de muita, mas muita leitura. Pode-se ler de tudo. Jornais, revistas, livros, bulas de remédio, outdoors, placas de trânsito... o fundamental é ser um leitor crítico, aquele que busca informação, que reflete a respeito.

Antonímia nada mais é do que palavras que possuem significados contrários, como largo e estreito, dentro e fora, grande e pequeno. O importante, aqui, é saber que os significados são opostos, ou seja, excluem-se.

Homonímia é a identidade fonética e/ou gráfica de palavras com significados diferentes. Existem três tipos de homônimos:

Homônimos homógrafos – palavras de mesma grafia e significado diferente. Exemplo: jogo (substantivo) e jogo (verbo).

Homônimos homófonos – palavras com mesmo som e grafia diferente. Exemplo: cessão (ato de ceder), sessão (atividade), seção (setor) e secção (corte).

Homônimos homógrafos e homófonos – palavras com mesma grafia e mesmo som. Exemplo: planta (substantivo) e planta (verbo); morro (substantivo) e morro (verbo).

Paronímia é a semelhança gráfica e/ou fonética entre palavras. É o caso dos pares de palavras anteriormente expostas.

Outros exemplos de parônimos: Acender (atear fogo) ascender (subir), acento (sinal gráfico) assento (cadeira), acerca de (a respeito de) a cerca de (distância aproximada) há cerca de (aproximadamente), afim (parente) a fim (para), ao invés de (ao contrário de) em vez de (em lugar de), apreçar (tomar preço) apressar (dar pressa), asado (alado) azado (oportuno), assoar (limpar o nariz) assuar (vaiar), à-toa (ruim) à toa (sem rumo), descriminar (inocentar) discriminar (separar), despensa (depósito) dispensa (licença), flagrante (evidente) fragrante (perfumoso), incipiente (principiante) insipiente (ignorante), incontinente (imoderado) incontinenti (imediatamente), mandado (ato de mandar) mandato (procuração), paço (palácio) passo (marcha), ratificar (validar) retificar (corrigir), tapar (fechar ) tampar (cobrir com tampa), vultoso (volumoso) vultuoso (rosto vermelho e inchado).















10.DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Denotação/Conotação

Sentido denotativo é o uso da palavra em seu aspecto real.

Exemplo: O moça está usando uma jóia muito preciosa.

Sentido conotativo é o uso da palavra em seu aspecto figurado.

Exemplo: Aquela moça é jóia.



Exemplo

Informe se nas frases abaixo as palavras destacadas estão empregadas em sentido denotativo ou conotativo.

a) Nas ruas, as pessoas andavam apressadas.

b) As ruas eram cheias de pernas apressadas. )

c)Temos amargas lembranças daquele período de autoritarismo político.

d)Era uma pessoa de expressão dura e coração mole.

e)Os galhos da imensa árvore sustentavam os frutos maduros.

f)Os galhos namoravam os frutos maduros que sustentavam.



Gabarito:

a - denotativo

b - conotativo

c - conotativo

d - conotativo

e – denotativo

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